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O mau hálito é antiqüíssimo…
Posted novembro 11, 2008
on:Realmente, este sintoma é bastante antigo. Existem referências de fatos relacionados ao mau hálito até mesmo no Antigo Testamento!
Cita-se Jó (19,17) no Antigo Testamento, se lamentando:
“O meu hálito é intolerável à minha mulher.”
No auge da era romana, o dramaturgo romano Titus Marcius Pláutus (254-184 a.C.) dizia que “o fedor da boca” era uma das razões de sua infidelidade conjugal porque:
“(…) o hálito de minha esposa tem um cheiro terrível, melhor seria beijar uma sapo”.
Boa justificativa para se justificar a infidelidade, não?
Já Plutarco (6-120 d.C.), em sua obra “Escrevendo sobre a Moralidade”, menciona que Heron de Siracusa, ao ser informado pelo médico sobre seu hálito, repreendera sua mulher dizendo:
“Por que não me advertiste que meu hálito a fere cada vez que te beijo?”
E ela respondeu:
“Sempre pensei que o hálito de todos os homens tivesse esse terrível odor.”
Shakespeare menciona também,em sua peça “Muito Barulho por Nada“, ato 5, cena 2 ,o seguinte:
“Palavras fétidas são apenas vento fétido,e vento fétido é apenas hálito fétido,e hálito fétido é nauseante , portanto eu vou partir sem ser beijado.” (até aqui foi citado por GREIN et al,.1982)
E segundo Millôr Fernandes “o maior anticoncepcional do mundo é o mau hálito”. Se bem que diante de minha experiência prática no dia a dia odontológico, tenho de discordar dele.
Há muitas pessoas que continuam juntas suportando o hálito – muitas vezes intolerável – do outro, acredito eu, mais pelo temor de ser repelido ao falar da existência do mau hálito do parceiro do que pelo amor na verdade. Infelizmente!